Apresentação:


O Canil Municipal de Ouro Preto do Oeste optou por seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o controle e irradicação de zoonoses, como a Raiva, que cita em seu Oitavo Informe Tecnico (fls.126-171), como Principais medidas: o CONTROLE DE NATALIDADE, através da esterilização dos animais; POSSE RESPONSÁVEL por parte dos donos dos animais e a VACINAÇÃO em massa da população Canina e Felina!!! Vinsando também o Bem-estar animal...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Agressividade – Cães e Gatos


Li uma matéria muito interessante no site BICHO SAUDÁVEL, e resolvi posta-la aqui na integra, pois esclarece muitas dúvidas  as quais tenho visto na População de Ouro Preto do Oeste.

Comportamento animal
 A agressividade é o distúrbio comportamental mais grave e freqüente nos cães e gatos.
Muitos donos de animais não percebem que a agressividade está se manifestando aos poucos e sua tendência é só aumentar.
É fundamental diagnosticar e começar a tratar assim que os primeiros sinais de agressividade aparecem.
Em primeiro lugar, devemos entender que algumas manifestações agressivas são normais, isto é, estão dentro do contexto. Um animal com dor pode não permitir que examinem, manipulem a área afetada e isto não significa que ele é um animal agressivo. Assim como um animal que defende seu território (apropriadamente) de invasões também não deve ser considerado agressivo.
O número de animais agressivos abandonados é muito alto. O tratamento visa diminuir a taxa de abandono e promover uma melhor relação entre o animal e seus donos.
Raramente a agressividade é causada por uma doença neurológica, metábolica ou até mesmo infecciosa, como a raiva.
De onde vem a agressividade?
O comportamento de um animal se forma a partir da herança genética herdada de seus pais somada ao ambiente que ele vive.
Assim que o filhote nasce ele já tem uma tendência comportamental. Se ele for bem tratado pela sua mãe (é, as mães caninas e felinas também precisam cuidar bem e educar seus filhotes!) e socializado pelos seus donos, o filhote deve se desenvolver com comportamento sociável e dócil.

Classificação:
Existem diversos tipos de agressividade, nenhum deles considerado apropriado. A maioria dos animais agressivos apresenta 2 ou mais tipos:
Dominância – ocorre em cães. É o tipo mais comum, mais complexo. Envolve ansiedade, controle, é um cão que quer sempre testar sua posição hierárquica na família (matilha). Ele acredita ser o chefe e como tal tem o direito e dever de controlar o ambiente, definir as regras e dar as ordens. Noventa por cento dos cães agressivos por dominancia são machos
Medrosa – ocorre em cães e gatos, segundo tipo mais comum. Em geral ocorre em animais que foram pouco socializados e/ou sofreram maus tratos ou traumas
Territorial / Proteção – ocorre em cães. Em geral desejada e estimulada pelos donos que querem um cão de guarda. É normal dar o alarme, mas o ideal é ensinar ao cão quando parar – eles aprendem
Entre animais – ocorre em cães e gatos. Quando eles vivem no mesmo ambiente costuma se relacionar com posição hierárquica (quem manda) e a dúvida/disputa de quem é o líder. Na rua, os motivos são muito variados mas é possível socializar um cão que não costuma fazer muitos amigos. Quanto aos gatos…se brigam na rua é melhor não deixá-los sair!
Redirigida ou Irritável - ocorre em cães e gatos. Quando o animal não pode agredir quem ele deseja (ex. um gato passando na janela) ele agride o mais próximo. Acontece muito quando há briga entre animais e uma pessoa ou mesmo outro animal se aproxima ou tentar separar (nunca separe uma briga!)
Relacionada à comida – somente em cães. Proteção do seu alimento
Possessiva – cães. Protege seus pertences, pode ser um brinquedo, um osso, o prato de comida ou até mesmo uma pessoa!
Predatória – cães e gatos. O instinto caçador permanece e pode se dirigir também a objetos em movimento (bicicletas, patins – cães e tornozelos em gatos)
Idiopática – imprevisível, violenta de causa desconhecida
Lúdica – cães e gatos. Inicia com brincadeira, mas o animal não sabe quando parar e acaba agredindo

Prevenção e Tratamento

O fundamental é perceber que o animal está agindo de forma inapropriada. Nem sempre a família que convive com ele  percebe os primeiros sinais de agressividade. O veterinário ou até mesmo visitas podem perceber e a família deve prestar atenção.
A castração dos machos é uma das medidas a ser tomada. A testosterona (hormônio masculino) não é a causa da agressividade, mas funciona como “pilha”, aumenta a intensidade da agressão. Os animais não namoram, noivam e casam como nós humanos. A reprodução é exclusivamente para perpetuar a espécie. Os animais não precisam se reproduzir para “se completar como indivíduos”, para serem mais saudáveis ou outros mitos propagados por aí.
Estudos comprovam que 62% dos machos castrados apresentam melhora na agressividade.
Quanto maior for o intervalo entre o diagnóstico da agressividade e a cirurgia, mais tempo o animal terá vivido dentro do padrão agressivo. Isso diminui o sucesso da castração como tratamento, logo se o seu cão macho estiver demonstrando sinais de agressividade, castre-o o mais rápido possível.
Nunca agrida o seu animal por ser agressivo, só vai gerar mais tensão, ansiedade e agressividade. Devemos usar a ferramenta que nos diferencia dos animais : a cabeça!
Os cães dominantes precisam saber que os líderes da casa são os humanos e isto requer treinamento e disciplina – ensine alguns comando para seu cão ( o senta é o mais fácil) e mande-o sentar para receber alimento, carinho, atenção e brincadeiras. Se ele não obedecer, não forneça o alimento, não dê carinho e  ignore-o. Você pode repetir a operação, mas com intervalo mínimo de 15 minutos.
Não console um animal com medo, ele pode pensar que você está elogiando este comportamento e até mesmo estimulando . Há também o risco de ser mordido por um animal acuado – ignore-o. Haja naturalmente.
Os cães que protegem a casa devem saber quando parar. Ensine e sinalize para seu animal quando a visita é bem vinda. Você pode precisar da ajuda de um bom adestrador.
No caso da agressividade entre cães da mesma casa, descubra quem é o líder (você pode precisar de ajuda de um treinador ou veterinário) e reforce sua liderança. Quanto mais certeza os animais tiverem do papel de cada um, menos brigas haverão.
No caso de cães e gatos que confundem brincadeira com agressividade (lúdica), evite brincar de forma brusca. Sempre dê o limite, sinalize para seu animal quando a brincadeira deve parar.
A agressividade idiopática (quando não se sabe a causa)  não tem tratamento, a melhor opção é a eutanásia. É muito difícil, mas é a solução mais humana.
Manter o animal preso, acorrentado é muito pior.
Para todas as formas de agressividade,  parte fundamental do tratamento é mostrar para seu animal que este comportamento não é apropriado e desejado por você. A melhor maneira é corrigí-lo imediatamente, no ato. O isolamento social (pequeno ambiente, como um banheiro por ex.) por 5 minutos  é a melhor técnica. Se o seu cão for muito agressivo, não arrisque se machucar para corrigi-lo. Você pode precisar da ajuda de outra pessoa ou até mesmo de uma guia no pescoço dele para conseguir pegá-lo sem o risco de ser agredido.
Se o seu cão se virar para agredi-lo, assuma a posição de árvore, isto é, cruze os braços, fique imóvel e olhe para cima – não cruze nem o olhar com o dele.
NUNCA DEIXE SEU ANIMAL AGRESSIVO SOZINHO COM CRIANÇAS, IDOSOS OU PESSOAS INCAPACITADAS DE SE DEFENDER !!


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